O clima de tensão política em Moçambique atingiu um novo pico após uma tentativa de assassinato contra Manuel de Araújo, uma das figuras de destaque da oposição, durante uma marcha pacífica realizada na manhã de ontem em Maputo.
Testemunhas afirmam que o ataque ocorreu de forma coordenada, com homens armados tentando interceptar o político enquanto ele liderava a manifestação. "Foi tudo muito rápido. Escutamos disparos e vimos a segurança de Araújo reagindo para protegê-lo", relatou um participante da marcha.
Apesar do susto, Manuel de Araújo saiu ileso do incidente, mas dois membros de sua equipe de segurança ficaram feridos e foram levados ao hospital. "Isso é mais uma tentativa covarde de intimidar quem luta pela mudança. Não vão nos calar", declarou Araújo em uma coletiva de imprensa logo após o ataque.
A marcha, que reuniu milhares de pessoas, foi organizada para exigir transparência nos resultados eleitorais e a garantia de que a vontade do povo seja respeitada. O ataque gerou uma onda de indignação entre os participantes, que acusaram forças ligadas ao governo de estarem por trás da tentativa de silenciar líderes da oposição.
Líderes da Renamo e outros aliados políticos de Araújo condenaram veementemente o atentado e pediram uma investigação urgente. "Este ato de violência é uma afronta à democracia e aos direitos humanos", afirmou Venâncio Mondlane, que também participou da marcha.
A comunidade internacional também manifestou preocupação. A União Europeia e organizações de direitos humanos pediram proteção para líderes da oposição e advertiram contra o uso da violência para reprimir movimentos legítimos.
O governo, até o momento, não emitiu nenhuma declaração oficial sobre o incidente. Entretanto, analistas políticos alertam que o ataque pode agravar ainda mais a crise política e social que já abala o país.
Enquanto isso, Manuel de Araújo reforçou seu compromisso com a luta pela democracia. "Podem tentar me calar, mas não vou recuar. Essa luta é pelo povo, e o povo não será vencido", afirmou ele em um discurso emocionado para os manifestantes que permanecem mobilizados em Maputo
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