**Maputo, Moçambique —** O partido Frelimo acusou o líder da oposição, Venâncio Mondlane, de incitar jovens a destruir propriedades públicas e privadas em protestos recentes realizados em várias partes do país. As acusações foram apresentadas durante uma conferência de imprensa, onde membros do partido governista responsabilizaram Mondlane por fomentar a instabilidade social.
**Acusações da Frelimo**
Segundo a Frelimo, Mondlane teria utilizado discursos inflamados para incitar os jovens a agirem contra o governo, resultando em vandalismo de bens públicos, como escolas, hospitais e edifícios administrativos, além de propriedades privadas. "O líder da oposição está promovendo uma agenda de desestabilização e incentivando atos de destruição, o que coloca em risco a paz e o progresso do país", declarou um porta-voz da Frelimo.
**Resposta de Venâncio Mondlane**
Mondlane negou as acusações e afirmou que a Frelimo está tentando desviar a atenção dos problemas reais do país, como a corrupção, o desemprego e as irregularidades eleitorais. "Essa é mais uma tentativa de silenciar a oposição e criminalizar a luta por justiça e democracia. Nunca incitei a violência e sempre defendi manifestações pacíficas", afirmou o líder da oposição em um comunicado.
**Protestos crescentes**
Os protestos que motivaram as acusações da Frelimo ocorreram em várias cidades do país, com jovens reivindicando melhores condições de vida e exigindo mais transparência no governo. Apesar de algumas manifestações terem terminado em vandalismo, ativistas afirmam que os atos foram espontâneos e não organizados por qualquer partido político.
**Repercussão e divisões**
As acusações contra Mondlane dividiram opiniões no país. Enquanto apoiadores do governo exigem sua responsabilização, membros da oposição e organizações da sociedade civil veem as acusações como parte de uma campanha para enfraquecer a liderança do opositor.
**"Um ataque à democracia"**
Grupos de direitos humanos também se manifestaram, defendendo o direito à manifestação e criticando a tentativa de associar a oposição a atos de vandalismo. "Criminalizar líderes políticos por protestos populares é uma ameaça à democracia e ao direito à liberdade de expressão", declarou um representante de uma ONG local.
**Próximos passos**
A Frelimo indicou que pretende formalizar as acusações contra Mondlane, o que pode levar a uma investigação judicial. Enquanto isso, o líder da oposição afirmou que continuará a lutar pelas demandas do povo moçambicano e que não será intimidado pelas acusações do partido no poder.
O clima político em Moçambique segue tenso, com o país dividido entre acusações, protestos e uma crescente demanda por mudanças estruturais.
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