Venâncio Mondlane: O "Partido" que não Precisa do Ministério da Justiça.
Há fenómenos que não se explicam pela lógica convencional. Há figuras que não cabem nas gavetas da política tradicional. Venâncio Mondlane é uma dessas figuras raras: um homem que, sozinho, vale mais do que muitas siglas reunidas. Um político que não precisa de registo no Ministério da Justiça para ser reconhecido como um verdadeiro "partido político".
Ele não tem sede própria, mas está em todos os bairros, nas ruas poeirentas e nas avenidas asfaltadas. Não tem um logotipo formal, mas a sua imagem é símbolo de resistência para milhares. Não tem um programa partidário impresso, mas carrega nas veias e na voz o grito de um povo cansado de promessas vazias.
Venâncio não precisa da benção burocrática de nenhuma instituição. O seu ministério é o povo, o seu parlamento é a rua, o seu estatuto é escrito todos os dias com suor, coragem e convicção. Quando ele fala, não é apenas um Politico que se pronuncia — é uma multidão silenciada que encontra voz.
Quando ele caminha, é como se a marcha de uma geração inteira se desenrolasse ao seu lado.
Muitos partidos se escondem atrás de slogans, alianças e discursos redondos.
Venâncio não. Ele aparece com a cara limpa, mesmo quando o sistema o tenta manchar. É atacado, censurado, travado mas continua. Porque quem tem o povo como combustível não precisa de estruturas artificiais para avançar.
Chamam-lhe de agitador. De desobediente. De rebelde. E talvez seja. Mas é precisamente por isso que o povo o abraça. Porque ele diz o que outros sussurram. Porque ele enfrenta o que muitos temem. Porque ele não se curva e em tempos de covardias políticas, isso basta para o tornar um partido inteiro.
E se amanhã o sistema resolver proibi-lo de concorrer? E se o tentarem calar, prender, exilar? A resposta será simples:
Venâncio continuará a ser seu próprio Partido. Porque Partidos podem ser banidos, mas ideias não. Porque siglas podem desaparecer, mas movimentos
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